A PERSEGUIÇÃO DA SOMBRA |
[Este relato foi extraído do livro "INCRÍVEL! FANTÁSTICO! EXTRAORDINÁRIO!", com edição do ano de 1951, o qual foi feito com base em
um programa da rádio com o mesmo nome e transmitido pela Tupi do Rio de Janeiro, entre os anos de 1947 e 1958, tendo sido criado por Henrique Foris Domingues, o "Almirante", que era o próprio locutor do programa de rádio, onde eram contadas histórias sobrenaturais enviadas pelo público, as quais eram analisadas quanto à sua veracidade, sendo somente aprovados após a análise realizada. Obs.: Algumas descrições de rotinas, dos costumes e da existência de comércios ou localidades estranhas aos dias atuais, foram referenciadas à época do relato, o qual se passou entre as décadas de 1940 e 1950, quando existiam bares em estações, vias de terra e com matagais nas várias cidades do Brasil e outros costumes desconhecidos pelos mais jovens da atualidade ==================================================================================== Quero contar um autêntico caso extraordinário que se passou comigo no ano de 1942, quando eu morava no bairro de Tomás Coelho (Rio de Janeiro). Embora a noite estivesse escura e não houvesse iluminação naquele local, eu caminhava despreocupadamente estrada a fora. Ali parado, sentindo um terrível calafrio, monologuei desta forma: Imediatamente e com a maior surpresa, vi que a sombra deu uma volta por detrás de mim e passou para o meu lado esquerdo.... Continuei a andar, já apavorado, sempre com o vulto a meu lado. Então parei e lhe disse: - Aí do meu lado esquerdo também não adianta! E comecei a me benzer e a rezar. Só então vi perfeitamente que a sombra se afastava do meu lado, tomando a direção de uma moita de capim que se achava à beira da estrada, sumindo por ali a dentro, provocando enorme barulho. Dentro em pouco chegue à minha casa, batendo na porta e sendo atendido por meu pai, que, ao me ver ainda pálido e trêmulo, perguntou o que havia acontecido.
Contei-lhe o ocorrido, e meu velho então me disse: E desde então jamais desprezei aquele aviso sensato do meu pai.
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